segunda-feira, 6 de abril de 2015

Benefícios que vão além da gravidez

         O ácido fólico, correspondente ao ácido piteroilglutâmico, é uma vitamina amplamente distribuída na natureza, estando presente em quase todos os alimentos. Apresenta-se nas formas de conjugado (em geral heptaglutamato) ou uma ou mais moléculas de acido glutâmico. O cozimento prolongado e outros tipos de beneficiamento dos alimentos destroem estas formas. 
        O ácido fólico é um derivado da vitamina B, essencial para o desenvolvimento do feto. Não  é aconselhado engravidar com o nível desta vitamina abaixo do normal. Pesquisas recentes indicaram que uma suplementação alimentar tomada no período pré-gestacional e até que se completem 12 semanas de gravidez diminui o risco de malformação do sistema nervoso da criança. 



O ácido fólico é o mais importante fator de risco para os defeitos do tubo neural identificado até hoje. A suplementação periconcepcional e durante o primeiro trimestre de gravidez tem reduzido tanto o risco de ocorrência como o risco de recorrência para os defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%. Devido à gravidade dos defeitos do tubo neural e sua morbimortalidade, tornam-se muito importantes o aconselhamento genético, a suplementação dietética com ácido fólico e o diagnóstico pré-natal das malformações do tubo neural.

O ácido fólico tem um papel fundamental no processo da multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. O folato interfere com o aumento dos eritócitos, o alargamento do útero e o crescimento da placenta e do feto. O ácido fólico é requisito para o crescimento normal, na fase reprodutiva (gestação e lactação) e na formação de anticorpos. 

FUCHS, Flávio Danni; WANNMACHER, Lenita. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
SANTOS, Leonor Maria Pacheco; PEREIRA, Michelle Zanon. Efeito da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural. Saúde Pública, Rio de Janeiro, p.17-24, 2007.

8 comentários:

  1. Achei muito bom falarem sobre esse tema e relacionar com a Mortalidade Infantil :)
    Além de tudo o que vocês citaram sobre o folato estar em quase todos os alimentos, ele está em pouca quantidade, fazendo com que a grávida precise tomar o suplemento não só durante a gravidez, mas antes, para evitar doenças como a espinha bífida e a anencefalia, que, como vocês citaram, são defeitos no desenvolvimento do tubo neural. Além disso, algumas pesquisas indicam que o ácido fólico pode ajudar a diminuir o risco de o bebê ter outros problemas, como lábio leporino e certos tipos de distúrbios cardíacos, incluindo fato de que o aumento de eritrócitos ajuda a prevenir a anemia por deficiência de folato.
    Aguardamos próximos posts :)

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  2. Muito bom o post.

    Note-se que a ingestão recomendada de ácido fólico para adultos saudáveis é de 400 mcg, enquanto para gestantes (e as que pretendem engravidar) esse valor sobe para cerca de 600 mcg. E com exceção de fígados ( de vários animais) os valores são baixos na maioria dos alimentos, como comentado pelo Grupo G, exigindo hábitos alimentares específicos ou suplementação durante o aumento da necessidade desse nutriente.

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  3. GRUPO L
    Muito importante falar sobre o ácido fólico na gravidez. Como foi bem salientado no decorrer da postagem desse blog, o ácido fólico (folato) é imprescindível na prevenção dos defeitos do tubo neural para reduzir a morbidade e mortalidade perinatal. Assim, a suplementação desse nutriente é importantíssima, uma vez que as gestantes estão mais propensas a desenvolver deficiência de folato provavelmente devido ao aumento da demanda desse nutriente para o crescimento fetal e tecidos maternos. Contudo, como a gravidez nem sempre é planejada e como o tubo neural se converte em medula espinhal e cérebro entre os dias 18 a 26 da gestação (período em que muitas mulheres desconhecem ainda seu estado gravídico) é importante que a mulher em idade fértil tenha acesso a uma quantidade adequada de ácido fólico pelo menos um mês antes de engravidar. Para isso é preciso medidas de largo alcance que informem essas mulheres sobre a importância do ácido fólico e encorajem-nas consumir alimentos ricos nessa substância como vegetais de folhas verde-escuras, couve, brócolis, aspargos, espinafre, feijão, lentilha, grão-de-bico, amendoim, ervilha, milho, morango, kiwi, suco de laranja e fígado que contém folato na forma natural. E também conscientizar as mulheres que se planejam para engravidar sobre a importância da suplementação sintética com 400 microgramas diários de folato, devendo ser iniciado pelo menos 30 dias antes da concepção, e ser mantido durante os primeiros dois ou três meses de gestação.
    FONTE:
    http://www.febrasgo.org.br/site/?p=7673

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  4. GRUPO J
    É notória a importância do ácido fólico durante a gravidez. Não prejudica a grávida e serve para um melhor desenvolvimento do feto, tornando-o mais saudável e diminuindo as chances de más formações, principalmente as do tubo neural. É importante reforçar que os níveis de ácido fólico diminuem, durante a gravidez, principalmente por conta da maior necessidade desse nutriente. Seu reforço é indicado, no mínimo, um mês antes de engravidar até o final do primeiro mês de gestação, que é quando o tubo neural se fecha. Com o suprimento correto, há uma diminuição de, pelo menos, 70% nas chances de má formação no tubo neural. A dosagem correta deverá ser indicada pelo médico, sendo importante lembrar que mulheres com outras medicações, principalmente para epilepsia, e as que são obesas deverão ingerir uma quantidade maior do nutriente para o mesmo efeito. Mulheres com histórico de gravidez de bebês com más formações neurais, também deverão receber uma maior dosagem.
    Fonte: LOPES, Mario Antonio Borges; BUNDUKI, Victor; ZUGAIB, Marcelo. Como administrar o ácido fólico no período periconcepcional?. In Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2004.

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  5. GRUPO F
    Ótima abordagem principalmente porque as precauções para evitar a mortalidade infantil começa no momento em que se sabe que a mulher está grávida, inclusive iniciando a suplementação com ácido fólico, contudo ele não está restrito somente a prevenção de anencefalia e espinha bífida. O ácido fólico tem um papel fundamental no processo da multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. O folato interfere com o aumento dos eritócitos, o alargamento do útero e o crescimento da placenta e do feto. Atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos (glicina) e síntese de purinas e pirimidinas, síntese de ácido nucleico DNA e RNA e é vital para a divisão celular e síntese proteica. Consequentemente sua deficiência pode ocasionar alterações na síntese de DNA e alterações cromossômicas.

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  6. Grupo H
    Interessante a discussão sobre a inserção do acido fólico levantada pelo grupo J. A importância do aumento no consumo nos 3 primeiros meses é enorme e por diversas vezes é negligenciada, ja que a gravidez só é descoberta, em grande parte dos casos, após pelo menos 1 mês. Por isso a suplementação com ácido fólico para mulheres em idade fértil seria uma alternativa de baixo custo, com certas dificuldades de adesão sem dúvida, mas altamente eficaz para evitar os principais dados de fechamento do tubo neural.

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  7. O blog está de parabéns por esta postagem. Muito importante discorrer sobre a importância do ácido fólico durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre, quando sua ingestão diminui em até 40% a chance de a criança ter autismo.
    Há evidências que o ácido fólico ou Vitamina B9 previne também casos de anencefalia, malformação da coluna vertebral (espinha bífida). Como já foi muito bem salientada pelo grupo L, a administração da dosagem correta é fator importante na ação do folato.
    Nos últimos anos, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou a adição de 4,2 miligramas de ferro e 150 miligramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha de trigo e milho como forma de combater os defeitos na formação do tubo neural e anemias.
    FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-reforca-que-acido-folico-na-gravidez-pode-reduzir-o-risco-de-autismo-nos-bebes/. Acessado em:13/04/2015 às 18:43.

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