segunda-feira, 13 de abril de 2015

Rubéola e a mortalidade infantil

Rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Togavírus. Sua característica mais marcante são as manchas vermelhas que aparecem primeiro na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio ocorre comumente pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal. A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança. É importante conhecer seus principais sintomas para a identificação precoce da doença e seu tratamento, evitando maiores danos ao feto. Esses são:
  • ·         Cefaleia
  • ·         Disfagia
  • ·         Dores no corpo
  • ·         Coriza
  • ·         Aparecimento de gânglios (ínguas)
  • ·         Febre
  • ·         Exantemas (manchas avermelhadas) inicialmente no rosto que depois se espalham pelo corpo todo.


Seus principais fatores de risco são:

  • ·    Ter contato próximo com uma pessoa infectada com rubéola é um grande fator de risco para o contágio
  • ·    Não tomar a vacina tríplice viral, que age também contra o sarampo e a caxumba, pode tornar a pessoa vulnerável ao vírus causador da rubéola
  • · Recém-nascidos costumam ser a faixa etária de maior risco, uma vez que ainda não foram vacinados contra a doença. Os adultos, por outro lado, não estão livres da rubéola só porque foram vacinados. Pode acontecer de a vacina perder a eficácia e deixar de proteger a pessoa completamente, por isso é recomendável que se tome um reforço da vacina alguns anos após a primeira dose.

Por conseguinte a rubéola só é realmente perigosa, quando a infecção ocorre durante a gestação e invade a placenta e infecta o embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação, o que pode ocasionar: aborto, morte fetal, parto prematuro e má-formações congênitas ou Síndrome da Rubéola Congênita – SRC (cegueira, catarata, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental, deformações nos ossos e espinha bífida). 

ROBBINS, Stanley L. (Stanley Leonard) et al. Patologia: bases patológicas das doenças. 7. ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2005. xix, 1592 p, il., 1 CD-ROM. Tradução de: Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease.


BOGLIOLO, Luigi; BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2000. xiv, 1328p, il.

11 comentários:

  1. Muito bom o tema! Muitas pessoas não têm noção da ocorrência da Rubéola, seus sintomas e efeitos na gravidez. Quanto à sua prevenção, existe também a vacina quadrupla viral, que, além de Rubéola, Caxumba e Sarampo, também atua contra Varicela. Só podem ser vacinadas crianças a partir de um ano. Ela não é indicada a gestantes e pessoas imunodeprimidas. A varicela e a quádrupla têm segunda dose, que pode ser aplicada três meses após a primeira, mas, em geral, é indicada aos 4 anos de idade, no entanto, riscos aumentados para febre alta e ocorrência mais frequente de exantema após a primeira aplicação dessa vacina combinada devem ser considerados.
    Esperando próximos posts :)

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  2. Grupo H
    Interessante ressaltar que filhos de mães imunes permanecem protegidos por 6 ou 9 meses após o nascimento. E apesar de ser uma causa frequente se mortalidade entre neonatos e crianças na 1a infância, a rubéola acomete prevalentemente criancas entre 5 e 9 anos.
    (https://www.bio.fiocruz.br/index.php/rubeola-sintomas-transmissao-e-prevencao)

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  3. GRUPO B
    Boa noite, pessoal! Entender como age uma doença que pode afetar até aqueles que nem nasceram é de grande importância. Ficou claro os sérios danos que a rubéola pode causar ao feto, e por isso à importância em identificar uma possível infecção por meio de sorologias com a identificação das imunoglobulinas M e G, que são glicoproteínas que indicam infecções recém adquiridas e infecções já superadas que podem ter gerado memória imunológica, respectivamente. Bom trabalho!

    REFERÊNCIAS:
    http://www.mdsaude.com/2014/09/rubeola-igg.html

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  4. Muito interessante! Por isso é tão importante o diagnóstico precoce. Quanto ao diagnóstico, a sorologia é de fundamental importância.
    Quando somos contaminados com uma nova infecção, os primeiros anticorpos produzidos são as imunoglobulinas M, mais conhecidas como IgM. Portanto, a existência no sangue de grandes quantidades de IgM contra rubéola, por exemplo, é um indicador de que a infecção foi recentemente adquirida. Logo, uma sorologia com resultado IgM reagente para rubéola indica infecção em curso.
    Quando o paciente se cura da infecção, o sistema imunológico para de produzir anticorpos do tipo IgM e passa a produzir imunoglobulinas G, conhecidas como IgG. O IgG é um anticorpo de memória, que permanece presente no sangue pelo resto da vida. Desta forma, da próxima vez que o paciente entrar em contato com a rubéola, o risco de desenvolver a doença será mínimo, pois desde o primeiro momento, o seu sistema imunológico já terá amostras de anticorpos específicos contra a rubéola.
    Valeu, galera! Aguardando o próximo post...

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  6. GRUPO C

    Muito interessante a postagem de vocês! um aspecto prendeu minha atenção e resolvi aprofundar-me nele: a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Como dito anteriormente, é uma importante complicação da infecção pelo vírus da Rubéola durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre, podendo comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, morte fetal, natimorto e anomalias congênitas.Uma coisa a ser acrescentada é que as manifestações clínicas da SRC podem ser transitórias (púrpura, trombocitopenia, hepatoesplenomegalia, icterícia, meningoencefalite, osteopatia radioluscente), permanentes (deficiência auditiva, malformações cardíacas, catarata, glaucoma, retinopatia pigmentar), ou tardias (retardo do desenvolvimento, diabetes mellitus). As crianças com SRC frequentemente apresentam mais de um sinal ou sintoma, mas podem ter apenas uma malformação, das quais a deficiência auditiva é a mais comum.
    Aguardando ansiosamente as próximas postagens!

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  7. GRUPO L

    Muito interessante! Sobre a prevenção da rubéola é importante ressaltar que a imunidade é adquirida pela infecção natural ou por vacinação, sendo duradoura após infecção natural e permanecendo por quase toda a vida após a vacinação. Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento. Para diminuir a circulação do vírus da Rubéola, a vacinação é essencial. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Todos os adolescentes e adultos (homens e mulheres) também precisam tomar a vacina tríplice viral ou a vacina dupla viral (contra difteria e tétano), especialmente mulheres que não tiveram contato com a doença. Gestantes não podem ser vacinadas. As mulheres em idade fértil devem evitar a gestação por 30 dias após a vacinação. No caso de infecção, recomenda-se que a pessoa com rubéola (criança ou adulto) fique afastada de quem não contraiu a doença.

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  9. Oi gente! Super legal o tema da publicação e muito pertinentes os comentários. Mas tem algo que é também interessante e chama a atenção. Sabemos que as vacinas são preparados que contem virus vivos atenuados, ou outros microrganismos, outras substancias, que exigem do corpo a ativação de uma resposta imunológica. Assim, a vacina da tríplice viral apresenta cepas dos agentes causadores do sarampo, da caxumba e da rubéola, e algumas das variações desse tipo de vacina contém também a neomicina, que é um antibiótico, e gelatina hidrolisada, que funciona como substancia estabilizadora da vacina. Vocês tinham parado para pensar que a gelatina tinha essa função? E haviam imaginado que a neomicina estaria presente na tríplice viral, ou seria aplicada além da posologia tópica? Isso mostra que as substancias químicas, dependendo de como e onde são manuseadas, apresentam funções das mais diversas.


    http://www.vacinas.org.br/novo/manuais_t_cnicos/manual_de_eventos_adversos/evenadv10.htm

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  10. Grupo D
    Postagem muito interessante e fez uma boa relação entre essa patologia e a mortalidade infantil...Como foi dito, essa doença é caudada por um vírus... Então gostaria de acrescentar algumas informações sobre ele e a transmissão da doença: é um vírus de RNA de filamento único de sentido positivo com um invólucro glicolipídico, pertencente ao gênero Rubivírus, da família Togaviridae. Apresenta como único reservatório o ser humano,6sendo contagiosa a partir das secreções respiratórias (nasofaringeas) infectadas. Seu período de incubação pode variar entre 14 a 21 dias (média de 17 dias). A maior transmissibilidade é observada no período entre sete dias antes do surgimento do exantema característico da doença, até o sétimo dia após o seu desparecimento. É sempre bom aprender!!!

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